O objetivo é criar um perfil que reúna as principais características, dúvidas e necessidades dos clientes da sua marca, permitindo-lhe desenvolver estratégias alinhadas ao seu público-alvo.

Ao ter em mente uma pessoa com “personalidade”, dúvidas e necessidades reais, torna-se mais fácil compreender os seus problemas e resolver questões complexas de design, interação e criação de conteúdo. Tem de ouvir o seu cliente, saber o que ele quer, quais são as suas “dores”?

Para criar uma persona, deve pesquisar e adquirir um conhecimento profundo sobre quem são os seus clientes, quais as suas profissões, hobbies, como se mantêm informados, os seus gostos e necessidades, entre outros dados relevantes para a sua marca. Desta forma, a sua persona será construída com base em dados reais e não em suposições.

Se é gestor ou empresário, provavelmente já está familiarizado com o termo “público-alvo” (ou target), mas o conceito de “personas” pode ser novo para si. Vamos simplificar.

O público-alvo divide os mercados por idade, localização, género, rendimentos, escolaridade, hobbies, profissões, entre outros, permitindo que a comunicação seja direcionada para um grupo homogéneo de pessoas, em vez de ser feita para as massas.

Então, público-alvo e personas são a mesma coisa? Não. O público-alvo, ou target, é uma caracterização mais genérica dos seus consumidores, enquanto que a persona cria uma personagem bem definida, permite-lhe, mais do que “atingir” ou persuadir, educar e interagir, acompanhando o utilizador nas suas diferentes fases de decisão de compra.

Ressalvamos que as Personas não têm de substituir o público-alvo. Ambas as técnicas de segmentação devem ser utilizadas de forma complementar, aliás, as duas técnicas devem ser usadas para uma maior precisão.

A criação deve ser um processo levado muito a sério e não deve ser subestimado nem baseado em suposições ou nas típicas frases como ‘Eu já conheço muito bem os meus clientes, não preciso de ninguém’. Será que realmente conhece? A sua perceção não poderá estar errada? Mesmo que esteja correta, não estará a perder dados valiosos que podem surpreendê-lo? Dedique tempo a esta criação, pesquise, analise e só depois construa. Tem curiosidade em saber, de facto, com quem está a lidar? Outro ponto importante é perceber que o seu cliente de hoje pode não ser o mesmo amanhã. O que isto significa? A Teresa que comprou os sapatos da marca X há uns meses pode agora preferir calçado desportivo, simplesmente porque os gostos mudaram. Estar a par destas mudanças permite compreender realmente quem são os seus clientes e como evoluem.

• Definir o objetivo –  marketing, vendas, UX, ou todos os anteriores.

• Recolher dados reais – Analise clientes atuais, leads, redes sociais, Google Analytics, CRM e outras fontes para obter informações concretas.

• Segmentar o público – Agrupe clientes por comportamentos, necessidades, interesses e padrões de consumo semelhantes.

• Identificar características demográficas – Idade, género, localização, profissão, nível de educação, rendimento, hobbies.

• Mapear comportamentos e hábitos – Como compram, que canais usam, que tipo de conteúdo consomem, frequência de compra.

• Descobrir dores e desafios – Que problemas enfrentam que a sua marca pode resolver?

• Determinar objetivos e motivações – O que procuram alcançar? Quais os seus sonhos, desejos e prioridades?

• Criar a persona – Transforme os dados num perfil semi-fictício: nome, foto, descrição, objetivos, dores, interesses e comportamentos.

• Validar com a equipa e clientes – Confirme se o perfil faz sentido, ajustando detalhes com base em feedback real.

• Usar estrategicamente – Oriente marketing, conteúdo, campanhas de anúncios, UX e vendas de acordo com os resultados.

• Atualizar regularmente – Os clientes mudam, e a persona deve evoluir com eles. Revise e ajuste periodicamente.